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Ansiedade
 
A ansiedade é um estado de agitação interna, que dependendo do grau que se encontra, pode ser sadio, motivador ou patológico. Como qualquer desequilíbrio depende do grau em que se encontra. A ansiedade enquanto estado de inquietação interna provinda de situações reais iminentes, que exijam respostas do sujeito imediatas, pode ser motivadora e auxiliar na tomada de decisões e ação. Ainda em grau saudável a ansiedade provinda de preocupação ou antecipação de situações imaginárias futuras pode auxiliar no planejamento adequado dos passos dos procedimentos a se tomar para se alcançar o objetivo futuro. A ansiedade provinda de lembranças costuma estar relacionada a situações frustrantes, ou que o resultado não foi o esperado, e pode ser um incômodo que propicie a procura de outras formas de se lidar com situações parecidas.
 
 
 
Portanto, a ansiedade em grau sadio, pode ser um recurso humano motivador. Uma inquietação interna que motiva, impulsiona ao planejamento e a ação.
 
 
 
 

A ansiedade quando em grau acima do adequado pode gerar distúrbios, como os transtornos de ansiedade que podem variar de uma crise de ansiedade ao ataque de pânico. Pode estar relacionado com fobias (medos), traumas, compulsão, separação, uso de drogas, substâncias, estresse, etc. Ao contrário a baixa da ansiedade em demasia pode levar a depressão.

 
 
 
No geral a pessoa que sofre de ansiedade se “pré-ocupa”, antecipando os acontecimentos futuros em que julga que terá dificuldades. Tem dificuldade de planejar por etapas e aguardar o futuro chegar para então resolver as questões da melhor forma possível. Costuma apresentar baixa auto-estima, não acreditando que será capaz de lidar com a situação quando esta estiver acontecendo, e então se fica preso em fantasias e imaginações onde tenta encontrar soluções as suas questões, mas devido à descrença em si, a visão tende a ser pessimista, entra-se em estresse, pois para o cérebro mesmo as fantasias futuras são vividas no presente. Quando vivenciamos as possibilidades com uma visão pessimista, a ansiedade tende a aumentar. Ao invés de servir como agente motivador, a ansiedade muito alta pode paralisar, atingindo um estado de estresse e medo causando desconforto e sofrimento. O oposto a motivação. Pois, com o tempo, devido ao estresse, e as condições estruturais neurológicas, tende a iniciar outro circuito que leva a depressão. Portanto, a ansiedade e a depressão costumam aparecer juntas, numa auto-alimentação, dentro das patologias. E se oscila entre estados de ansiedade e depressão.
 
 
 
 
Há casos em que a ansiedade atinge graus insuportáveis como no transtorno de pânico, e a intervenção medicamentosa é necessária. Mas, a medicação é remediativa, diminui os sintomas na maioria dos casos, com efeitos colaterais previsíveis. Sendo assim, é importante que aquele que sofre procure um tratamento psicoterapêutico também, pois, é necessário mudar os padrões de pensamentos e sentimentos, elaborando os conteúdos que levam as inseguranças, medos, frustrações, etc. Assim, alterar os circuitos neurológicos ao ponto de baixar a ansiedade para os graus saudáveis sem a necessidade de medicação. Ou seja, o antídoto para a ansiedade são muitos, entre elas: a conscientização dos conteúdos e dinâmicas inconscientes, auto-conhecimento; mudanças de padrões, ou circuitos neurológicos; elaborar inseguranças, medos, complexos, depressão; e intervenção bioquímica através das medicações psicotrópicas.
 
 
 
 
 
Portanto, como em qualquer distúrbio depende de uma questão de grau, de desequilíbrio. Mas, a psique e o corpo, e o ser, tende ao reequilíbrio, então em qualquer distúrbio há a possibilidade de auto-conhecimento e crescimento interno.
 
 
 
Nilton Kamigauti - 2010
 
Referencias
 
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