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Psique
Auto-reguladora (homeostase/compensação) |
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A psique (Self) tem a tendência de buscar o reequilíbrio. | |||
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Jung asseverava que encontrou uma função compensatória empiricamente demonstrável operando em processos psicológicos. Correspondia a funções auto-reguladoras (homeostáticas) do organismo, observáveis na esfera fisiológica. Compensar significa equilibrar, ajustar, suplementar. Considerava a atividade compensatória do INCONSCIENTE como equilíbrio de qualquer tendência para a unilateralidade por parte da CONSCIÊNCIA. |
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Conteúdos
reprimidos, excluídos e inibidos pela orientação
consciente do indivíduo passam para a inconsciência e lá
formam um contrapólo da consciência. Essa contraposição
se fortalece com qualquer aumento de ênfase sobre a atitude consciente
até interferir com a atividade da própria consciência.
Finalmente, conteúdos inconscientes reprimidos reúnem uma
carga de energia suficiente para irromper na forma de SONHOS, IMAGENS
espontâneas ou sintomas. O objetivo do processo compensatório
parece ser o de ligar, como uma ponte, dois mundos psicológicos.
Essa ponte é o SÍMBOLO; embora os símbolos, para
serem eficazes, devam ser reconhecidos e compreendidos pela mente consciente,
isto é, assimilados e integrados. |
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Normalmente,
a compensação é um regulador inconsciente da atividade
consciente, porém, onde existe um distúrbio neurótico,
o inconsciente aparece em tamanho contraste com o estado consciente, que
o próprio processo compensatório se vê rompido. Se
um aspecto imaturo da psique é gravemente reprimido, o conteúdo
inconsciente domina o objetivo consciente e destrói sua intenção.
“O objetivo da terapia analítica, portanto, é uma
compreensão de conteúdos inconscientes, a fim de que a compensação
possa ser restabelecida” (CW 6, parág. 693 e segs.). |
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O
ponto de vista da inconsciência, sendo compensatório, sempre
será inesperado, e aparece de forma diferente do ponto de vista
assumido pela consciência. Como escreveu Jung, “todo processo
que se adianta demasiadamente, imediata e inevitavelmente traz à
tona compensações” (CW 16, parág. 330). Portanto,
encontramos evidência da compensação em uma asserção
óbvia como o mau humor do bebê, porém em manifestações
relativamente sofisticadas tais como aquelas envolvidas no relacionamento
de ANALISTA E PACIENTE. Sobre isso observou Jung: “o laço
intensificado com o analista é uma compensação pela
defeituosa atitude do paciente em relação à realidade.
Esse laço é o que subentendemos pela transferência”
(CW 16, parág. 282). |
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Estendendo
ainda mais além o princípio, e aplicando-o coletivamente,
Jung achou na ALQUIMIA uma forma de compensação pelo ponto
de vista expresso no cristianismo medieval. A alquimia pode ser considerada
como um esforço para preencher (isto é, compensar) as lacunas
deixadas pela religião convencional. Por causa disso, os analistas
precisam ser cuidadosos para não aplicarem indiscriminadamente
um simbolismo alquímico ou considerarem-no relevante sem exceções,
sobretudo em casos nos quais pode ter havido um notável avanço
atribuível a mudanças na consciência do COLETIVO.
Com respeito à INDIVIDUAÇÃO, uma pessoa deve distinguir
se conteúdos compensatórios estão relacionados à
sua própria individualidade ou se surgem meramente como um equilíbrio
com o outro extremo de um espectro de OPOSTOS. |
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(SAMUELS,p
47, 1986) |
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Nilton
Kamigauti - 2012 |
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