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Abordagem Corporal
 
Uma das antinomias fundamentais é a proposição: A psique depende do corpo, e o corpo depende da psique. (JUNG, 1987d, §1, p.2)
 
 
 

A abordagem corporal utiliza técnicas que, a partir do corpo, se procura trabalhar, na psicoterapia, o ser humano de forma mais abrangente, envolvendo corpo e mente. As técnicas de abordagem corporal se baseiam na integração fisiopsíquica, onde o ser é considerado corpo e mente íntegros e inseparáveis. “Tudo o que se pode observar empiricamente é que processos do corpo e processos mentais desenrolam-se simultaneamente.” (JUNG, 1987a, § 69, p. 29)

 
 
    Um funcionamento inadequado da psique pode causar tremendos prejuízos ao corpo, da mesma forma que, inversamente, um sofrimento corporal consegue afetar a alma, pois alma e corpo não são separados, mas animados por uma mesma vida. (JUNG, 1987b, § 194, p.105)  
     
  No Brasil o Dr. Pethö Sándor criou as técnicas de abordagem corporal como a calatonia e toques sutis.  
     
    A abordagem psicoterápica desenvolvida pelo dr. Pethö Sándor em seus trabalhos fundamenta-se na visão integrada corpo/mente do ser humano, na busca da síntese, da aproximação dos opostos, muito próxima do que hoje se denomina visão holística. (SPACCAQUERCHE, in CORTESE, 2008, P.11)  
     
  As técnicas corporais podem auxiliar no tratamento psicoterapêutico de diversas maneiras: consciência corporal, sensibilidade, relaxação, facilitação da emersão e assimilação de conteúdos inconsciente, etc. Favorecendo o equilíbrio fisiopsíquico.  
     
    Imaginamos que o corpo, enquanto veículo de expressão simbólica, participe desta equilibração psíquica num processo coordenado à equilibração dos eventos corporais orgânicos. Assim, pensamos que as técnicas corporais de relaxamento e de sensibilização proporcionem um estado favorável aos processos arquetípicos de equilibração psicossomática, funcionando como um recurso que dependendo da sua utilização, vai ao encontro do processo de cura pessoal num sentido amplo no qual compreendemos o que é saúde, e favorece, dessa forma, o processo de individuação. (MIORIM, 2006, p. 86)  
 

 

 
 
Nilton Kamigauti - 2008
 
 
Referencias
 
 
 
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